Moradores de rua obesos.
Nos EUA, um em cada três moradores de rua está obeso.
Apesar de terem uma dieta deficiente, eles estão acima do peso - saiba como isso é possível.
Uma nova pesquisa de Harvard mostra a estranha realidade dos sem-teto de
Boston, nos Estados Unidos. Apesar de estarem mal-nutridos, um em cada
três está acima do peso. Este fenômeno parece estranho já que costumamos
associar pobreza com a fome e a obesidade com o excesso de alimentos na
dieta.
O paradoxo “fome-obesidade”, citado pela primeira vez pelo
neurocientista Lawrence Scheier em 2005, descreve a presença simultânea
dos dois fatores. Basicamente, o termo fome, nesse caso, deve ser
substituído por “insegurança alimentar”, o que significa que a pessoa
consome a quantidade necessária de calorias por dia (ou mais), mas não
os nutrientes necessários para ficar bem. E isso pode causar o aumento
de peso.
Existem outros motivos que também podem contribuir isso. O stress é um
deles e é uma constante na vida de um sem-teto. É comprovado que níveis
mais altos de cortisol (o hormônio do nervosismo) alteram o
funcionamento do seu metabolismo, favorecendo o aumento do peso.
Mesmo assim, moradores de rua de outros países passam pelas mesmas
situações de stress e não têm taxas de obesidade tão altas. Sendo assim,
os cientistas apontam como responsáveis as comidas baratas “feitas só
de calorias”. Um pacote de batata chips, por exemplo, é acessível para
quem tem pouco dinheiro e enche o estômago, podendo substituir uma
refeição. Só que tem muita gordura e muitas calorias, contribuindo para
uma dieta nada saudável e que pode aumentar o peso.
Dos 5632 homens e mulheres sem-teto analisados pelo estudo, 1,6% estavam
abaixo do peso ideal, enquanto 65,7% estavam acima desse peso e, entre
eles, 32,3% estavam formalmente obesos. Doenças relacionadas à
obesidade, como diabetes, também foram diagnosticadas nestas pessoas – a
causa seria uma dieta prejudicial e a falta de exercícios.
Veja também esta matéria publicada aqui no blog sobre fastfood:
A obesidade já não é mais um problema dependente da situação financeira, pessoas que ganham o suficiente para ter uma boa alimentação, alimentam-se mal, e pessoas que mal tem dinheiro para se alimentar tbém alimentam-se mal... A insegurança alimentar é um problema disseminado em qualquer classe social, e não estou falando da insegurança higienico-sanitária, falo da insegurança com relação a qualidade do que se come... como é citado no texto, as pessoas ingerem o suficiente para ficar obeso, mas não para ficar saudável... sobra carboidrato, gorduras não saudáveis e falta vitaminas, minerais... enfim... estamos diante das consequências da transição nutricional, é "o oito ou oitenta" acontecendo... antes o problema girava em torno da desnutrição, da magreza excessiva, da falta de bons nutrientes pela falta de comida, hje há excesso de comida e ainda faltam bons nutrientes...
ResponderExcluirO que fazer para minimizar isso? Não sei...não faço idéia... comer é uma necessidade fisiológica... o que comer, nem sempre é uma escolha... Deveria ser, mas não é... diversos fatores influenciam e nos faz ingerir o que nem sempre é a opção saudável... seja a falta ou excesso de dinheiro.. seja local adequado... o mesmo como estamos nos sentindo no momento; tudo isso influencia de um modo negativo ou positivo.
"Vc é o que vc come", realmente uma frase perfeita... e se não houvesse os fatores que já citei, se pensássemos nessa frase toda vez que fossemos comer... se pensássemos que q o que estamos ingerindo vai interferir em cada célula do corpo certamente a obesidade não seria mais um problema...