A todo momento, temos acesso a muita informação disponível, internet, bibliotecas e cursos somam certo conhecimento a qualquer tipo de pessoa, independente da condição financeira. A maioria da população segue uma rotina, e não por acaso, que não possibilita tempo necessário para estudar. Os horários de trabalho ocupam boa parte do dia, com carga horária mais frequente de 6, 8 e 12 horas de um dia que possui 24 horas. Tendo em vista que o saudável são 8 à 10 horas de sono, quanto sobra? Oras, mas há uma pesquisa do Censo que diz: O Brasil possui 5,9 milhões de universitários (13/01/2011). Se todos esses cidadãos terminassem os estudos e consequentemente profissionais extremamente capazes, seria ótimo. Mas não funciona bem assim. Todos sabem que a maioria dos universitários não concluem o curso por motivos diferentes mas frequentes: dinheiro, escolha errada do curso, falta de capacidade de ingressar na universidade pública e o pior: desinteresse. Esse mesmo motivo é responsável direto para este número não ser bem maior. Mas, o que nos influencia a não buscar conhecimento? A rotina de muitas pessoas se resume a extremo desleixo ao conhecimento. Será que é somente por culpa do desinteressado?
Creio que vivemos em um sistema que joga as cartas para a derrota. Vendem a ilusão do progresso da população e o pior, a mesma aceita sem resistência. Há estudos para todo tipo de coisa, e tudo que vemos diariamente não é por acaso. Tudo começa na escola, as negociações envolvendo dinheiro público para estruturar as escolas claramente é falha. Desse grande número de univesitários que mostra a pesquisa, boa parte chega sem condições satisfatórias, despreparados para iniciar a vida acadêmica. Os professores, papel principal e influente na formação da criança, que de todo o dinheiro público investido, são os que menos vêem o dinheiro em seus bolsos e motivam-se cada vez menos a encarar a triste realidade do ensino. Veja, o entreterimento fútil tomou o lugar da bagagem cultural importante de tal maneira que, muito do que esta ao redor tem papel direto no declínio do interesse pelo conhecimento. Uma emissora de TV tem uma equipe inteira trabalhando pra deixar todos assistindo aquela determinda programação ao tempo todo, e a meta é sempre mais audiência. Por eles, ninguém faria mais nada da vida a não ser assistir ao canal deles. Utilizam temas que caem na graça do telespectador como futebol, seriados, reality shows, novelas, mulheres, músicas da moda, celebridades montadas, desenhos e jornais manipuladores. Tendenciar a opinião da população é o mínimo que conseguem, quando não, fazem e constroem as mentes de acordo com o que eles querem.Websites popularizam-se rapidamente, muitas vezes sem muita importância para o usuário e prendem a atenção de tal maneira que, mesmo a internet, que podemos ler, assistir, interagir e buscar qualquer coisa que quisermos, é filtrada com facilidade para uma massa visitar nem 10 sites. Revistas com fofocas e informações sortidas sobre novela e afins são as mais procuradas. E os livros? Entre em qualquer website de busca e digite: "livros mais vendidos". Tu terás acesso a listagens atuais e veja você mesmo. Colocam o livro como objeto direto ligado ao conhecimento, mas que conhecimento é esse? Baseando-se pela maioria nas listagens, o conhecimento obtido com esses temas é tudo o que a mídia do entreterimento quer, te prender em um mundo paralelo muito bem construído pra tirar o foco da realidade, por exemplo, colocando focos fictícios, e muito bem feitos.
O comodismo é visível. Muitas pessoas gostariam de um emprego melhor, viajar mais, cuidar melhor dos entes queridos, enfim, todas as buscas, como sempre e de grande maioria, individualistas do ser humano. Penso eu que, mesmo em meio ao envolvimento de tudo que citei, é possível sim evoluir como pessoa, em todos os aspectos. Inegável os méritos de quem batalhou pra ter a vida que sempre quis, independente do que a meta da pessoa pareça pra você. Respeito muito quem opta por viver com ou sem grandes ambições, afinal, cada um é dono do seu nariz. Agora, é inegável que se a sociedade realmente quisesse, o mundo estaria bem melhor, bem menos fútil e bem mais avançado tecnológicamente. Se todos os estados, regiões e países tivessem grandes gênios em seu território, o possível crescimento da população seria nítido, sem bandeiras e sem fronteiras, um crescimento da população num todo. Os interessados justamente buscam cada vez mais, e se não encontram onde residem, acabam migrando para estados ou países com melhor ensino, muitas vezes de primeiro mundo, e a probabilidade de ficarem por lá mesmo é alta, mantendo a desigualdade de sempre.
Os desinteressados, além de acomodados, possuem um grande e poderoso conjunto de manipulação para manter-se desinteressado, mantendo a média da classe social local, muito interessante para quem se mantém com milhões em grandes cofres, e ironicamente interessante também para o desinteressado.
Agora, em contrapartida, será que a culpa é realmente de quem nos oferece a alienação? O difícil é a população mundial lembrar disso em meio a rotina, corrida, com pobreza, fome, futilidade, etc... que não por acaso, possuem.
Point Of No Return* - "Permitir o roubo de sua visão é render-se aos olhos do opressor..."
*Point Of No Return - Hardcore / Punk / Metal / Straight Edge de São Paulo.
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